Em acupuntura, a atividade psíquica não se separa da orgânica. De modo que uma falha em um órgão produzirá alteração no comportamento psíquico correspondente. E, inversamente, uma tendência psíquica excessiva perturbará a função orgânica.
Assim, é possível entender a acupuntura como medicina psicossomática por considerar a origem psíquica, emocional e afetiva das perturbações orgânicas e funcionais.
Entre as referências históricas e literárias mais antigas da MC destaca-se o “Huang Di Nei Ching Ling Shu Su Wen”, o Livro de Medicina Interna do Imperador Amarelo.
A obra menciona o uso terapêutico de pontos de acupuntura localizados no pavilhão auricular. (LEE, 2007).
Alterações ou desequilíbrios orgânicos refletem-se em zonas correspondentes (acupontos) no pavilhão auricular.
Acredita-se que esses acupontos auriculares são ramificações dos Meridianos Yang principais: Intestino Delgado – ID, Intestino Grosso – IG, Estômago – E, Vesícula Biliar – VB, Triplo Aquecedor – TA. (LEE,2007).
Atualmente estudos e pesquisas enfatizam a relação neurofisiológica da orelha. Admite-se que a inervação do pavilhão auricular se dá por meio das ramificações dos:
• nervos cranianos: nervo trigêmeo, nervo facial, nervo glossofaríngeo, e nervo vago;
• nervos auriculotemporais: ramo do nervo trigêmeo;
• nervos occipitais: maior e menor.
Assim, considera-se que além de ação de regulação energética, os acupontos auriculares atuam por meio de mecanismo reflexo. Quando estimulados provocam reação no sistema nervoso central, mais especificamente no hipotálamo.